Presos acusados de participação no assalto ao Banco do Brasil de Curimatá, a 775 km de Teresina, estão nos presídios de Altos, Teresina e Bom Jesus. Eles fazem parte da quadrilha Novo Cangaço e não tiveram os nomes revelados.

O "Novo Cangaço", como se autodenomina o bando, é um grupo especializado em roubo a bancos no interior dos estados do Nordeste. A ação é normalmente caracterizada pela investida do grupo contra o batalhão da PM ou a delegacia de polícia civil da cidade - assim como aconteceu em Curimatá. O grupo utiliza armamento pesado, como fuzis e metralhadoras, e costuma fazer reféns.

De acordo com a polícia piauiense, pelo menos 14 homens estiveram envolvidos no roubo ao banco. Eles fizeram reféns no dia da ação - dois ficaram feridos - e continuam abordando famílias, pedindo comida e água. Seis suspeitos foram presos e cinco mortos durante cerco policial. A informação é de que parte dos suspeitos pertence à mesma família e seriam primos e irmãos. O grupo explodiu a agência, mas levou apenas uma pequena quantia o dinheiro, porque a polícia chegou ao local. Três ainda continuam foragidos.

Nesta quarta-feira (18) A Polícia Civil do Piauí apresentou um vasto material apreendido com integrantes da quadrilha. Entre as apreensões, estão armas de grosso calibre como quatro fuzis 762 e 556, uma metralhadora, cordéis detonantes, carregadores, munições e variados calibres, coletes à prova de balas, máscaras de gás, rádios comunicadores e até explosivos.

De acordo com delegado Gustavo Jung, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), “os armamentos vêm via mercado negro. Alguns são produtos de roubo, inclusive da polícia do Ceará. Essas armas entram no país de forma ilícita. Os fuzis têm grande poder de destruição. Um disparo de uma arma dessas é capaz de destruir tudo: parte óssea e muscular", explica.

Fonte: Cidade Verde
Edição: Portal Altos